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Nos últimos anos, o varejo experimentou uma transformação digital impulsionada pela tecnologia e catalisada pela pandemia. A digitalização não apenas alterou a maneira como os consumidores fazem suas compras, mas também revolucionou a forma como as empresas entendem e se conectam com seu público-alvo. 

O comércio eletrônico expandiu o varejo ao infinito. Plataformas como Amazon e Mercado Livre já oferecem uma ampla gama de produtos, desde eletrônicos até alimentos frescos. Essas empresas utilizam os dados de comportamento de compra dos consumidores para personalizar recomendações e oferecer uma experiência de compra altamente personalizada.

Além disso, varejistas tradicionais, como o Magazine Luiza, têm investido pesadamente em estratégias digitais para expandir seus negócios. O Magazine Luiza, por exemplo, adquiriu diversas startups de tecnologia, além de publishers digitais, como a plataforma Jovem Nerd, e desenvolveu uma plataforma de marketplace que permite a venda de produtos de terceiros em seu site. Essa diversificação de receitas tem sido fundamental para garantir a relevância e o crescimento da empresa no mercado digital.

O Desafio da Diversificação de Receitas

Mais produtos e marcas próprias ainda não são suficientes. As margens se tornaram cada vez mais apertadas justamente pelo fator tecnológico que permitiu a entrada novos concorrentes no ambiente digital. O varejo se tornou uma corrida sem fim para diversificar receitas e aumentar a base de clientes (e dados). Uma pesquisa recente da consultoria McKinsey revelou que os varejistas que diversificaram suas fontes de receita conseguiram aumentar sua lucratividade em até 50% em comparação com aqueles que não o fizeram.

Um exemplo claro desse movimento de diversificação é o Magazine Luiza, que expandiu suas operações para além da venda de produtos físicos e passou a oferecer serviços financeiros, como cartões de crédito e seguros. Essa diversificação permitiu que a empresa alcançasse um crescimento de 30,4% em sua margem de lucro bruto em 2023.

A grande pioneira dessa diversificação de receitas foi a Amazon, que expandiu seus negócios para o setor de entretenimento, oferecendo serviços de streaming de vídeo e música, além de dispositivos eletrônicos, como o Kindle e o Echo.

Além disso, a previsão é de que até 2026, um terço da mídia digital será composta por retail media, ou seja, anúncios vendidos diretamente pelo varejo. Essa tendência demonstra a importância crescente dos dados e da personalização no varejo moderno.

A aquisição do fabricante de TVs Vizio pelo Walmart é um exemplo claro dessa tendência. Ao adquirir uma empresa de tecnologia, o Walmart está se posicionando para dominar o segmento de publicidade em TVs conectadas, aproveitando os dados de comportamento de visualização dos consumidores para oferecer anúncios altamente segmentados e eficazes.

A Visão do Varejo do Futuro

Com a vasta quantidade de dados disponíveis, o varejo está vivendo uma era de personalização cada vez mais granular e individualizada para cada consumidor. A capacidade de segmentar os clientes de forma precisa permite que as empresas ofereçam produtos e serviços sob medida para cada indivíduo, aumentando assim a relevância e a eficácia das campanhas de marketing.

A inteligência artificial desempenha um papel fundamental nesse processo. Com algoritmos cada vez mais sofisticados, os varejistas conseguem entender melhor o comportamento de compra dos consumidores e prever suas necessidades futuras. Isso permite que as empresas antecipem as tendências do mercado e se adaptem rapidamente às mudanças nas preferências dos clientes.

As plataformas de inteligência artificial estão se tornando cada vez mais acessíveis aos pequenos e médios varejistas, permitindo que eles concorram de igual para igual com os gigantes do setor. Um exemplo é a DataSpoc, uma plataforma que oferece soluções de IA para varejistas de todos os tamanhos. Com a DataSpoc, todo varejo tem o potencial de vender de tudo, pois permite compreender profundamente o potencial de compra da base de clientes do varejo. Ao aproveitar as tecnologias disponíveis, os varejistas podem oferecer experiências de compra personalizadas e eficazes, aumentando a fidelidade do cliente e impulsionando as vendas.

O futuro do varejo está nas mãos daqueles que souberem aproveitar ao máximo o poder dos dados e da inteligência artificial. Ainda veremos muitos exemplos de varejistas que vendem produtos e serviços complementares. Por exemplo, uma loja de roupas pode se associar a um salão de beleza para oferecer pacotes de “look completo”, ou um supermercado pode se associar a um aplicativo de entrega de refeições para oferecer conveniência aos clientes. Essas parcerias estratégicas podem não só aumentar as vendas de ambos os varejistas, mas também melhorar a experiência do cliente e fortalecer a fidelidade à marca.