A gigante do fast fashion, Shein, conhecida por suas roupas acessíveis, está planejando vender sua tecnologia de cadeia de suprimentos como um serviço (Saas) para outras marcas. Ao oferecer sua tecnologia de cadeia de suprimentos a outras empresas, a Shein busca diversificar sua receita e buscar dominar boa parte do mercado de moda.
O Modelo de Fabricação da Shein
A Shein desenvolveu um modelo de fabricação sob demanda único que lhe permite criar designs em questão de semanas, em comparação com os vários meses mais típicos entre seus concorrentes de fast fashion. Agora, de acordo com uma carta de investidores do presidente executivo da Shein, Donald Tang, relatada pelo The Wall Street Journal em março, a empresa está buscando vender essa tecnologia para outras marcas e varejistas.
Tecnologia Sob Demanda
Embora a estratégia possa impulsionar as receitas da varejista online, especialistas apontam que convencer outras marcas a adotar essa tecnologia pode ser um desafio. A tecnologia de cadeia de suprimentos é considerada um segredo comercial, e compartilhá-la com outras empresas pode envolver riscos, como a divulgação de informações detalhadas de design. Além disso, a reputação da Shein também pode ser um obstáculo, considerando as controvérsias que a empresa enfrentou em relação a práticas trabalhistas e estratégias de importação.
Os grandes concorrentes que se virem. Pequenos varejistas podem estar dispostos a aproveitar a tecnologia de cadeia de suprimentos da Shein, mesmo considerando sua reputação controversa. Para muitos, o foco principal é a eficiência operacional e a redução de custos. Se a tecnologia da Shein pode ajudá-los a otimizar processos, gerenciar estoques e atender aos clientes de forma mais ágil, a reputação da empresa pode ser um fator secundário. Afinal, para esses varejistas, o benefício prático pode superar as preocupações com a imagem da marca.
Crescimento e Ambições da Shein
Fundada na China em 2012 e com sede em Cingapura desde 2021, a Shein é uma empresa privada e não é obrigada a divulgar suas finanças. No entanto, estima-se que tenha gerado quase US$ 32 bilhões em receita em 2023. Além de moda, a Shein expandiu para outras categorias de produtos, como artigos para o lar, eletrônicos e material de escritório. Também abriu seu site para vendedores terceirizados, seguindo um modelo de marketplace semelhante ao da Amazon..
Apesar de seu rápido crescimento, a Shein enfrentou críticas e controvérsias, o que pode afetar seus esforços para expandir para novas linhas de negócios. No entanto, a estratégia de vender sua tecnologia de cadeia de suprimentos pode ser um passo importante para a empresa, desde que consiga superar os desafios e aproveitar as oportunidades.